só pensar
Todo mundo tem de contar uma história, criar dentro dela a sua imaginação que nada mais é do dizer o que você precisa dizer. A minha história é demasiadamente conturbada, as histórias que gosto de contar são praticamente todas autobiográficas...sempre que penso em escrever algo fictício mesmo não querendo que isso aconteça, me inspiro em mim. Fugir do que você sente para criar um texto é muito difícil, tenho medo de sempre ser presa ao meu ego. Gosto de contar histórias, quero por vezes diferenciá-la, tento outras formas de texto, de linguagem, de estrutura, por vezes, é muito difícil manusear as palavras de acordo com a minha intenção e então me perturba a incoerência do parágrafo. Há tanto me negava a aceitar que o meu interesse pelas palavras podia ser substituído pelos atos, por um esforço físico apenas, hoje nego toda a minha antiga displicência em criar. Não preciso ser um Mario de Andrade em construção literária, no momento, prezo pela sensação de poder divagar idéias e estimular minha mente. Por mais, a cadência de meus textos não é como a das músicas, não tem o mesmo suingue que as letras inteligentes de Marcelo Camelo, nem a melodia de Cartola mas não importa mais, se é bonito ou não, quero somente me testar e me privilegiar da minha imaginação.